Papéis da Copene empresas são boa opção

Data Original: 16/11/1999
Postado em: 14 de novembro de 2016 por: Reginaldo Alexandre
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Gazeta Mercantil - Reportagens

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Papéis da Copene reagem a alta de 2%. O mercado financeiro vê boas perspectivas com a re­estruturação do setor petroquímico, em especial a mudança de controle do setor no pólo de Camaçari,
na Bahia. As 100 ações preferen­ciais do tipo A da o Copene subiram 2,02% na sexta­-feira, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). No mês, os papéis da companhia acumulam alta de 27,24%.

Reginaldo Alexandre, analista da BBA-lcatu Corretora, que recomenda a compra das ações, avalia que, com base no fluxo de caixa desconta- do, “o retorno das operações da em­presa configura um valor maior em relação ao que os papéis estão sendo negociados”. Alexandre lembra que o se­tor passou por um ciclo de baixa após 1995, que se prolongou até o final de 1998. Os preços das maté­rias-primas petro­químicas estavam em baixa no exterior e, no mercado interno, a moeda estava sobrevalorizada.

“Essas duas condições não mos­travam um cenário muito bom”, diz. Como o setor é completamente dolarizado, afirma, esses fatores fize­ram com que as importações dispa­rassem. “O saldo comercial negati­vo de todo o setor químico- pulou de US$ 1,2 bilhão em 1991 para US$ 6 bilhões em 1998.” Com a desvalo­rização do real, as perspectivas mu­daram. As importações tiveram o preço elevado e as importações vêm caindo. “A importação que deixa de ser feita constitui-se num mercado para os produtores locais, que po­dem reajustar preços.” Diante dessas mudanças, as ações das petroquímicas estão reagindo. De janeiro até quinta-feira, os pa­péis preferenciais da Petroquisa acu­mulam alta de 329%. No período, as ações PN da Copene subiram 282%.

As PNs da Trikem acumulam ga­nhos de 500%, segundo dados da Economática. Alexandre também recomenda a compra dos papéis preferenciais da Ultrapar, do grupo Ultra, uma das participantes da reestruturação. Tan­to na área de gás como na óxido de eteno, da qual é a única fabricante no País, pela Oxiteno, o analista vê boas perspectivas. As ações PN da empresa caíram 3,67% na sexta-fei­ra, mas ele diz que seu “preço-alvo” era US$ 16,50 naquele dia, diante do fechamento a US$ 10,85 dos ADRs em Nova York. “Há um po­tencial de alta de 52%.”

Sobre

Economista, com vinte anos de experiência na área de análise de investimentos, como analista, coordenador, organizador e diretor de equipes de análise, tendo ocupado essas posições, sucessivamente, no Citibank, Unibanco, BBA/Paribas, BBA (atual Itaú-BBA) e Itaú Corretora de Valores. Atuou ainda como analista de crédito corporativo (Citibank) e como consultor nas áreas de estratégia (Accenture) e de corporate finance (Deloitte). Hoje, atua na ProxyCon Consultoria Empresarial, empresa que se dedica às atividades de assessoria e prestação de serviços nas áreas de mercado de capitais, finanças e governança corporativa.

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