O analista Reginaldo Alexandre, do BBA, foi o primeiro colocado no ranking de analistas AE/lbmec do segundo trimestre de 1999. Alexandre, que conseguiu um retorno de 103, 19% com duas recomendações, cobre o setor de siderurgia. Alexandre é analista de mercado há 10 anos. Com graduação em economia, ele já passou pelas equipes do Citibank e Unibanco e trabalhou por cerca de três anos na consultoria Latis. Para ele, um profissional dessa área deve ter “perseverança”. “No início do ano, com a turbulência causada pela desvalorização, eram poucas as pessoas que tiveram coragem de reafirmar suas recomendações.” O analista destacou a competitividade das siderúrgicas brasileiras. Segundo Alexandre, as empresas siderúrgicas européias atingiram margem operacional de 9% no pico do seu ciclo de alta, em 1992. As brasileiras, disse, têm margem de 22%, em média.
Suas empresas preferidas atualmente são Usiminas e Gerdau. Ele lembrou que a Usiminas completou seu plano de investimentos recentemente, o que resultará num aumento de capacidade de produção. Além disso, afirmou, como os aportes já foram feitos, a empresa contará com melhora do seu fluxo de caixa. “Assim terá condições de melhorar sua situação financeira, podendo gerar recursos”, disse. Vale lembrar que a Usiminas absorveu a dívida da Cosipa, num processo de reestruturação que desagradou o mercado num primeiro momento. Para Alexandre, essa percepção negativa já passou. Segundo o analista, o mercado ainda está avaliando a aquisição da Ameristeel pela Gerdau. Existe a preocupação de que a empresa acabe se alavancando demais. “As ações da empresa estão de lado por conta disso”, afirmou. “Mas, eu continuo confiante nos resultados do grupo.”